25 de março de 2013

Canção da Saudade

Imagem Clemente Rollins Grant

Saudade já não fala, não grita, não chora; se consola
Saciedade faz morada e não pensa em ir embora
Mudei meu canto, pois todo canto tende a se calar
Fazendo meus pés se acostumarem ao frio silêncio

Entre esgueiras, outra toma os vértices das paredes
Entrando, por frestas frias e paralelas de minha janela
Agora não é só o frio que assola meu tempo
São também cores escuras vindas do céu

Não queria eu ter de escurecer
Não queria eu ter de esperar
Não queria eu não conhecer o amar

O que será de minhas mãos?
Agora que meus olhos já não podem ver?
Pois, a luz que me guiava, destoou na escuridão

Autor:  Hugo Codasi

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