Imagem Margarita Georgiadis |
Então
não dei-me suas juras falsas
Essas
promessas vãs nunca cumpridas
Guarde
pra ti esse amor que não pedi
E
não venha jogar-me a face
o
que não lhe supliquei
Guarde
as tuas desculpas
para
quem as mereça
Eu
não as quero ouvir
De
ti espero apenas aquilo que posso oferecer:
Do
momento meu silêncio,
Do
intimo meu desprezo,
Dos
meus lábios a frieza,
E
de meus olhos mentiras
Essas
que tu ofereces sem pensar
Que
tu condenas sem que eu lhe solicite opinião
Estas
mesmas as quais não dou importância
Tuas
verdades repugnantes
Não
modificam as minhas
Tua
pureza não contamina esse Eu amargo
Que
destilo mergulhado em fel
Esse
rancor irremediável que trago no peito
É o mesmo amuleto que me definha
Que
defende-me da ilusão oferecida por teus olhos
Cheio dessa confiança de si mesmo
Do
poder que outrora teve sobre meu pensar
Inverdades que aprisionavam
Hoje
prisioneiras inofensivas
Não queres receber de mim minhas mentiras?
Então não dei-me suas falsas juras.
"De ti espero apenas aquilo que posso oferecer:
ResponderExcluirDo momento meu silêncio,
Do intimo meu desprezo,
Dos meus lábios a frieza,
E de meus olhos mentiras"
Dizem que a mentira tem pernas curtas. Mas, penso cá com meus botões, há pessoas que são tão convincentes na mentira, que findam como uma verdade.
Está lindo, lindo o layout do blogger. Parabéns Poetisa.
Para sua semana abençoada, uma poesia declamada de Fernando Pessoa: O doce mistério da vida - Maria Bethânia http://youtu.be/HakV--x6LXM "Poema do Menino Jesus"